Roteiro de 3 dias no Rio Grande do Norte

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    Que o Brasil possui uma riqueza natural imensa, não é novidade. Uma cidade que ganha destaque é Natal, no Rio Grande do Norte. Praias, boa gastronomia e aventura, é lá mesmo! Natal é uma ótima opção mais em conta para quem for viajar em alta estação atrás de beleza natural e estrutura turística. Além do mais, a cidade é um bom ponto de partida para alguns bate-volta em Pipa e Maracajaú, por exemplo.

    O nome da capital está ligada à data festiva religiosa mas sob duas versões: data (25/12/1597) da segunda expedição portuguesa que expulsou os franceses e se fixou no local contruindo posteriormente, no dia dos Santos Reis, a Fortaleza dos Reis Magos. Assim, o povoado que cresceu ao redor, chamou de Cidade dos Reis e depois Cidade do Natal. Mas também a data (25/12/1599) que Jerônimo Albuquerque demarcou o sítio. Mas bora falar, do que fazer atualmente?

    Morro do Careca

    Primeiro ponto a visitar e referência local é a Praia de Ponta Negra, onde dela você vê o Morro do Careca. Há alguns anos era possível descer o morro escorregando, por questão de preservação ambiental, atualmente é proibido a prática. A praia é muito agradável, a faixa de areia onde fica os banhistas é estreita, bem como a própria rua da beira-mar. Há várias lojinhas de lembrancinhas, vendas de passeios, além dos bares e restaurantes. Andando no calçadão em direção ao Morro do Careca, tem o letreiro <3 NATAL. Inclusive, se você pretende fazer uma passeio de Buggy, conhecer Maracajaú, tem várias empresas que realizam o passeio. E como um passeio de sucesso depende da maré, você já pode ir pesquisando preços e vendo os horários do passeio, Foto: arquivo pessoal. 

    Foto do Morro do Careca
    Morro do Careca, foto: arquivo pessoal.

    Ponta Negra é um bairro acima do nível do mar, então a pessoa vai chegando e vendo a praia de um lado lá em baixo e os prédios do outro. Tem uma vida noturna agitada, principalmente pela beira-mar. Vários barzinhos com show ao vivo, ou ambiente meio baladinha. Tive a impressão que para o lado do Morro do Careca tem mais restaurantes e para o outro lado tem mais bares, além de banquinhos e monumentos de azulejos bem bonitinhos para curtir a noite e/ou tirar umas fotinhas.  

    Maracajaú

    Plataforma com os turistas no meio dos corais, foto: TripAdvisor.

    Quando fui em julho de  2019, confesso que não sabia da existência de Maracajaú. Mas chegando lá, tem várias opções de pacotes de passeio para conhecer, fica a 1h de Ponta Negra. Então, eu e meus amigos, fechamos um pacote de R$ 110 por pessoa, que incluía o translado (pegando e deixando a gente no hostel), a viagem na barca para os corais e passeio de buggy. O almoço lá foi por fora, em torno de R$ 40 por pessoa.

    Maracajaú, carinhosamente chamada de Caribe Brasileiro, é um distrito incrível. Cheio de dunas, coqueiros, e águas cristalinas, sendo possível, com a maré baixa, ver os corais e os peixinhos coloridos. Gente, sério, incrível! É um local de Proteção Ambiental, então a quantidade de pessoas mergulhando por dia é controlada. O passeio lá é realizado com Snorkel  ou aqueles mergulhos com cilindro. Pra quem não sabe nadar, na embarcação tinha profissionais  com boias que auxiliavam. Crianças também podiam ir à esse passeio. Os turistas tem um tempo limitado (se não me engano 2h), mas suficiente. Se ele sabe nadar, ele fica livre na embarcação, pra nadar na área delimitada, curtir a vista. Observação que na embarcação tem venda de lanches e bebidas. Na foto abaixo é possível ver as boias à direita limitando a área dos banhistas, à esquerda um turista sozinho nadando e ao centro a que não sabia nadar kkkk. 

    Piscinas naturais, “parrachos”, Maracajaú, foto: arquivo pessoal.

    Dependendo de que turma você chega, ou você vai para os parrachos (corais) primeiro ou dá um passeio de buggy. A gente faz um treino antes, acompanhado de profissionais de moto. Um deles, inclusive, tira fotos pra quem queira comprar depois. 2 pessoas por buggy, eu fui com minha amiga. Ela pilotou na ida e eu na volta. Andando no meio das duas, passando por uns riachos e ficamos por pouco tempo num local mais afastado, com redes no riacho, coqueiros, mar. A cara da paz. Durante esses passeios, nossas coisas ficam guardadas em armários com chave. Na volta para Ponta Negra, a van fez uma parada num shoppingzinho para ver os artesanatos, ou lanchar nos churrasquinhos na calçada da beira-mar.

    Maior Cajueiro do Mundo

    No outro dia fomos conhecer o Maior Cajueiro do Mundo, que fica a uns 15 Km de Ponta Negra. Uma árvore que cobre uma área aproximadamente 8500 m2 produzindo cerca de 2 toneladas de caju por safra. Lá tem um mirante, guias que contam a história do cajueiro (eles falam inglês e espanhol também) e lojinhas de artesanato e lembrancinhas. Detalhe que ele, o cajueiro, continua se expandindo, o que gera muita polêmica em questão da poda. Quando eu fui a entrada inteira era R$ 8 reais (dinheiro para ajudar na própria manutenção da área). Saiba mais no site da Prefeitura de Parnamirim. É um passei rápido, mas bem interessante.

    Muito legal admirar essa gigante de perto!

    Maior Cajueiro do Mundo, foto: ASSECOM/RN.

    Centro de Cultura Espacial e Informações Turísticas

    Na volta para Ponta Negra, fizemos uma parada no Centro de Cultura Espacial e Informações Turísticas (CCEIT). Nele tem material, artefatos, fotografias e registros das atividades desenvolvidas pelo Centro de Lançamento. No dia que fomos tinha artefatos colhidos também do Projeto Tamar. Na parte externa avião, foguete, sonda. 

    Foto do Centro de Cultura Espacial e Informações Turísticas (CCEIT)
    Centro de Cultura Espacial e Informações Turísticas (CCEIT), foto: arquivo pessoal.

    Pipa

    Mas a gente não podia ir no Rio Grande do Norte e não conhecer a famosa Pipa. Lembrando que em um dos nossos textos, já foi sugerido um passeio de 2 dias em Pipa (aproveita e veja também o Roteiro de São Luís/MA para Recife ). Pipa, que era uma vila de hippies e pescadores nos anos 80, ainda preserva muito dessas características. Gastronomia de boa qualidade e vida noturna agitada, Pipa é um local bem turístico. As placas com direções das ruas em madeira e algumas placas com frases curiosas nos postes. Tem que ficar em alerta para pegar os detalhes.


    Praça do Pescador, foto: arquivo pessoal.
    Praça do Pescador, foto: arquivo pessoal.


    As ruas de Pipa são cheias de cores, lojas, ateliês, bares e galerias com cara própria, como é o caso da Rua do Céu. Com seus quadrinhos coloridos e estrelas que iluminam a rua durante a noite, é uma das atrações de Pipa. Outra para obrigatória de turistas é a Galeria Vila Mangueira, por lembrar a Grécia. Mas em Pipa a gente vai atrás de praia né?! kkk A seguir vemos a Praia de Pipa, em maré baixa, areia branca e água transparente. Simplesmente, paradisíaco!

    Rua do Céu, foto @viajando_sem_parar
    Galeria Vila Mangueira, foto: arquivo pessoal.


    Praia de Pipa

    Praia de Pipa, foto: arquivo pessoal.

    Chapadão de Pipa

    Para não perder o embalo, fomos andando da Praia de Pipa pela areia até o Chapadão, um conjunto de  falésias que formam um paredão a beira-mar com vista maravilhosa de tirar o ar. Lá seria nosso pote de ouro, mas o trajeto foi mais enriquecedor.

    Chapadão de Pipa, foto: Giovanni Sérgio.

    Praia do Amor

    Depois de muito andar, enfim chegamos ao Chapadão (da foto anterior). E conosco, também chegou a chuva :D. Só deu tempo de curtir o trajeto, que foi muito gratificante por sinal. E fomos pro hostel a pé todos molhados. Claramente andando sem saber exatamente pra onde e só seguindo o que parecia ser o certo. E deu certo kkkkk

    Praia do Amor, ao fundo o Chapadão, foto: arquivo pessoal.

    Praia do Amor, foto: arquivo pessoal.

    O trajeto não foi fácil. Passamos por áreas de surfing (até aí sem problemas), mas depois a gente começou a ver que não era tão perto assim pra ir a pé. Mas mesmo assim seguimos. Passando por trilhas, umas escadas no meio dos matos, umas áreas cheias de rochas bem grandes e pretas (que faziam um contraste bem lindo com a areia branca). Tinha umas passagens estreitas tipo precipício, e tinha parte que parecia que a gente estava entrando em área privada, e o único caminho a seguir (porquê voltar era sem chances) era uma escada bem íngreme de madeira. Mas mesmo quando a gente parecia que estava perdido, aparecia alguma plaquinha com setas e pessoas voltando na direção contrária.



    Estilo Lagoa Azul na Praia do Amor, foto: arquivo pessoal.

    Também passamos por áreas que pareciam cena de filme A Lagoa Azul. Sem contar que o tempo foi fechando, e ventava, chuviscava; uma mistura de medo e emoção kkk. Caminhos sempre guiados por plaquinhas, e toda essa região que misturava área verde, areia e mar fazia parte da bela composição que é a Praia do Amor.

    Nossa estadia foi curta, mas foi muito divertida e marcante. Aqui foram só algumas indicações feitas em uma estadia de 3 dias no Rio Grande do Norte, que teve como base Natal. Porém, faltou Centro Histórico de Natal e Centro de Artesanato, entre outros pontos turísticos que você pode encontrar no site do estado e adaptar a sua rota. O bom é que motivo pra voltar não falta!

    É isso. Vlw, flws 😉

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