Roteiro de São Luís a Recife pelo litoral

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    Eu acho o desenho do Brasil, aquele que a gente vê no mapa desde pequeno, espetacular! Não sei o porque exatamente. Talvez seja o formato e a forma como nossas terras encaram o oceano. Talvez seja o tamanho do país! Enfim, só sei que me fascina.

    Desde novo frequento o litoral norte de São Paulo. Aquele trecho da BR 101, chamada aqui de “Rio – Santos”, entre praias espetaculares e a mata atlântica, sempre me encantou. E veio a curiosidade.

    Como será que é cruzar todo o litoral do Brasil?!
    Como é o restante da BR 101?!

    Daí nasceu a ideia – e  o desafio – de dirigir e curtir por todo esse litoral.

    Planejamento

    Inicialmente, gastei duas horas na internet pesquisando quais seriam os pontos relevantes para conhecer na viagem. Aliás, primeiro mantra, não dará tempo de ver tudo. É preciso fazer escolhas daquilo que é mais relevante e viável, seja do ponto de vista financeiro ou do aspecto de logística.

    Segundo, entrei em sites e pesquisei sobre as 3 melhores praias de um determinado local e olhava aonde ficava no mapa. Aí o roteiro vai surgindo…

    Terceiro, a ideia inicial é dirigir um dia e curtir o outro dia, mas para isso é preciso ter um bom planejamento. Os hotéis costumam servir café até as 10h00 e o check-in a partir das 14h00. Com isso, é possível dirigir entre as 10h00 e às 14h00, o que possibilita se deslocar por 320 km (80km de velocidade média) e chegar em um bom horário para fazer passeios e curtir os hotéis da nova parada.

    Escolher bem os locais de parada é o coração da viagem. Com isso, além de pesquisar sites, comprei um guia sobre o nordeste. Mesmo assim, alguns bons lugares você só descobre quando está por perto.

    Por isso, não fizemos todas as reservas antecipadamente. Reservamos os hotéis da primeira e da segunda parada e, embora o planejamento fosse para 02 dias, reservamos apenas uma diária para a terceira parada. O motivo? Não sabíamos o que iríamos encontrar e não sabíamos se valeria a pena. Essa margem foi muito importante para adequar o roteiro às dicas que recebemos no curso da viagem.

    Estradas

    As estradas do nordeste não se comparam às de São Paulo. Não há qualquer pedágio, ao passo que estradas duplicadas e bem sinalizadas são raras.

    A maioria das estradas são com pista simples, com parca sinalização. Não há pedágio. Acostamento é muito raro. Não há telefone disponível na rodovia a cada quilômetro, razão pela qual levamos 02 celulares de operadoras distintas.

    As estradas que pegamos eram muito pouco movimentadas (em comparação ao Estado de São Paulo). Então, são longas retas com pouco movimento, o que exige uma atenção diferente daquela que é preciso para conduzir na Marginal.

    Diante disso tudo, os riscos são diferentes. Inicialmente, o risco é você sofrer uma pane no veículo e não ter sinal para buscar resgate (e o resgate estar longe…). Além disso, é muito comum animais na beira da rodovia, como bodes, cabras, cavalos e burros.

    Por último, as cidades ficam na beira das rodovias. Então, ao cruzar por uma “cidade”, atenção redobrada, pois o interior do nordeste é repleto por famílias de 3 e 4 pessoas que se deslocam em uma única moto/mobilete, sendo que todos estão sem capacete.

    Ou seja, cuidado.

    Diante desse cenário, é preferível levar comidinhas pra viagem e deixar para almoçar no destino final do que ficar procurando algum lugar para comer.

    Procure carros para alugar um Jeep Renegade, 4 x 2, pois optamos por um carro um pouco mais alto com piloto automático (facilita a vida, viu?!). No entanto, todos os trechos podiam ser feitos com um carro simples.


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