Ariane Mendonça

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    Um dos muitos aprendizados que ganhei durante meu intercâmbio foi aprender a viajar. Me tornei viajante, daquelas que não se importam de sair da sua zona de conforto e abraçam uma viagem mesmo quando a contagem das moedas se torna recorrente. Nesse um ano e 2 meses de intercâmbio viajei sozinha, com amigos, pra perto e pra longe, fiquei em hostel, acampei, mas o que me orgulho mais de falar é dos amigos que fiz ao longo do caminho e que nunca me deixaram na mão. Eles me deram um cantinho no sofá, um espacinho pra jogar o colchão, me abrigaram quando estava homeless em plena Times Square em New York, ou até mesmo naquele bate-volta pra Los Angeles pra um festival de música. 

    A verdadeira arte de viajar…
    A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
    Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
    Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali…
    Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!
    Mario Quintana
    Quem tem amigos tem tudo, e quem faz intercâmbio tem milhões. Várias vezes fui recebida na casa de amigos, fui também recebida na casa de amigos de amigos, e as vezes até fiquei na casa de algumas pessoas que conheci pelo facebook procurando moradia, e claro, que depois viraram amigos do coração. Assim como me deram abrigo, aprendi a abrir as portas de casa e receber quem estava precisando de um cantinho pra passar um ou alguns dias, não importasse quando.  Enfim, espero que cada vez mais as pessoas se libertem do receio de receber uma pessoa que viaja, e socializem um sofá, um colchão, um canto qualquer dentro da sua casa. Essa experiência acaba atraindo muita diversão, conversas, risadas e amizades pra vida inteira 😉
    Texto por:
    Ariane Silva Mendonça
    Acadêmica da Graduação em Enfermagem
    CSF – Arizona State University
     

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